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Foto do escritorJULIANE FERREIRA

OIMT discute papel das mulheres na implementação dos objetivos da organização

Pela primeira vez na história das reuniões do conselho da Organização Internacional de Madeira Tropical (OIMT) um painel de discussão é aberto à participação da sociedade civil. O tema selecionado foi o “Papel das mulheres na implementação dos objetivos da OIMT: desafios e oportunidades”. Na última reunião do conselho, em novembro de 2018, em Yokohama, no Japão, foram aprovadas as Diretrizes Políticas da ITTO sobre Igualdade de Gênero e Empoderamento das Mulheres.


Durante o painel, foi unânime o pedido que a secretaria da ITTO e os países membros implementem estas diretrizes. O Brasil é um dos membros da OIMT e foi representado pela Embaixadora Gabriela Maria de Medeiros Resendes. O Grupo Consultivo da Sociedade Civil também pediu que o documento seja divulgado de forma mais acessível no site e em formato que facilite seu uso e implementação.


Criado em 2002, o Grupo Consultivo da Sociedade Civil convidou Fernanda Rodrigues, fundadora da Rede Mulher Florestal e secretária executiva do Diálogo Florestal a participar como observadora nesta sessão do conselho da OIMT.


Sheam Satkuru, diretora assistente da OIMT organizou e moderou o primeiro painel da sociedade civil da história da OIMT. Após as apresentações das panelistas, ela as convidou à responder uma pergunta: “Se estivem em um local público e sofressem assédio sexual, como reagiriam?”. Ela acredita de apesar de ser um tabu, este é um tema que também deve ser discutido em todos os âmbitos.


Sheam Satkuru, diretora assistente da OIMT (Foto: IISD/ENB | Mike Muzurakis)


Cècile Ndjebet, fundadora e presidente da Rede de Mulheres Africanas para o Manejo Florestal Comunitário (REFACOF) enviou mensagem especial para a Rede Mulher Florestal: “Espero que as Diretrizes Políticas da ITTO sobre Igualdade de Gênero e Empoderamento das Mulheres possam ser adotadas no Brasil e ajudem as mulheres para que continuem fazendo a diferença no setor florestal brasileiro”.


Cècile Ndjebet, fundadora e presidente da Rede de Mulheres Africanas para o Manejo Florestal Comunitário


François van der Van, Sindicato do Comércio e Industria Florestal do Gabão, fez uma retrospectiva de sua carreira. Citou que como diretora já esteve em reuniões de comércio internacional de madeira tropical onde havia 117 homens e apenas ela de mulher e que ao longo de sua carreira, passou por momentos difíceis pelo fato de ser mulher em um ambiente composto majoritariamente por homens. Reforçou que ainda que há passos a serem percorridos e um “teto de vidro” para passar, mas torna-se cada vez mais fácil. Ressaltou que o setor industrial deve abrir mais oportunidades de trabalho para mulheres em países africanos.

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