Ano foi marcado pela ampliação do debate sobre temas que afetam a equidade de no setor
A Rede Mulher Florestal (RMF) acaba de publicar o Relatório Anual 2020 com um balanço das principais atividades realizadas ao longo do ano, que tiveram como norte o plano estratégico da associação. Mesmo diante das adversidades ocasionadas pela pandemia, a organização avançou em termos de representação, com a adesão de novas associadas e associados. Além de profissionais do setor, empresas e organizações passaram a integrar a Rede.
Na avaliação da RMF, o ano de 2020 foi um momento para ampliar a voz das mulheres e dar visibilidade para temas que limitam a equidade de gênero no setor. A série de lives iniciada no ano passado e que seguiu até o início de 2021, totalizando 11 encontros transmitidos ao vivo pelo YouTube, gerou mais de 3.200 visualizações e quase 16h de conteúdo gratuito sobre gênero no setor florestal. Entre os assuntos abordados estiveram mulheres em espaços de tomada de decisão, na elaboração de políticas florestais, os papéis assumidos pelas mulheres dentro do setor, mulheres pioneiras, maternidade e machismo.
Além disso, a associação esteve representada em diversos eventos nacionais e internacionais. No Women Major Group (Iniciativa do Grupo Mulheres da Sociedade Civil), por exemplo, a RMF participou da reunião preparatória para a UNFF - United Nations Forum of Forest (Fórum das Nações Unidas para as Florestas), em março de 2020, em Nairobi, Quênia. O objetivo foi discutir a colaboração intersetorial para paisagens florestais inclusivas como tema central. Também esteve representada no Encontro Nacional do Diálogo Florestal e na Assembleia Geral do FSC, instituições às quais a Rede é associada.
Retrato do setor
O Relatório Anual 2020 traz ainda informações sobre um marco para o debate da equidade no setor: o lançamento do primeiro “Panorama de gênero no setor florestal”. O documento inédito apresentou de forma detalhada a presença e participação das mulheres no setor florestal. O levantamento mostrou que, do total de profissionais representados pelas empresas respondentes, apenas 13% são mulheres. Entre as organizações que participaram da pesquisa, 63% afirmaram possuir política de diversidade ou não discriminatória. Entre aquelas que não possuem política de diversidade formal (37%), a maioria afirma que busca a diversidade em suas práticas, independente de haver um documento formal orientando sobre o assunto.
Em breve, será iniciada uma nova coleta de dados para a elaboração da segunda edição do Panorama de Gênero no setor florestal.
Como se associar
Profissionais e empresas ou organizações com ou sem fins lucrativos podem participar ativamente das iniciativas promovidas pela Rede Mulher Florestal ao se associar. Saiba como, acessando o site.
Sobre a Rede Mulher Florestal
A Rede Mulher Florestal é uma organização não governamental, sem fins lucrativos ou vinculação partidária e atua como uma rede independente criada para promover a discussão para equidade de gênero no setor florestal. Atua em forma de rede, ao permitir que mulheres e homens do setor florestal brasileiro tenham seu primeiro contato, ampliem, promovam e/ou compartilhem seu conhecimento sobre o tema gênero.
Para saber mais acesse www.redemulherflorestal.org.
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