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RMF consolida reivindicações para a COP 30 em manifesto em defesa das mulheres

Entre os pontos redigidos, estão a garantia de representação qualificada de gênero em fóruns e espaços de negociação, além de aporte financeiro a iniciativas sustentáveis lideradas por mulheres.



Tânia Rêgo/Agência Brasil

Principais impactadas pelas mudanças climáticas e excluídas sistematicamente das tomadas de decisões que as afetam diretamente, as mulheres devem ser alçadas ao protagonismo dentro do debate do desenvolvimento sustentável - principalmente as que vivem em florestas tropicais.


Essa é a reivindicação principal da Rede Mulher Florestal (RMF) no manifesto “Mulheres e Clima: Protagonismo Urgente” que será difundido durante as atividades da organização na COP 30 (Conferência Mundial do Clima). O maior evento de discussão global sobre o clima reunirá, este ano, atores nacionais e internacionais em Belém (PA) entre os dias 10 e 21 de novembro.


O manifesto materializa as principais demandas da Rede sobre a agenda climática e transição energética justa, servindo de base para a atividade “Tecendo Soluções: Mulheres da Floresta na Ação Climática e Transição Justa” que a organização conduzirá na AgriZone, espaço da Embrapa dentro da COP 30. “Nesses espaços políticos, é fundamental apresentar pedidos claros. Precisávamos reunir em um só lugar os pontos que consideramos críticos para a incidência política”, explicou Bárbara Bomfim, presidente da RMF, sobre a motivação do documento.



Sobre o manifesto


Em carta aberta, associadas e Conselhos da RMF reconhecem a presença de mulheres que habitam em florestas liderando iniciativas, cuidando dos seus territórios e promovendo soluções baseadas na Natureza para mitigação e adaptação climática. Essas mulheres, na visão da Rede, são agentes essenciais para uma transição climática justa, sustentável e regenerativa. 


Ao mesmo tempo, identificam as dificuldades enfrentadas pelas mulheres, principalmente no que concerne à falta de representação política e ao impacto das mudanças climáticas em suas vidas. De acordo com as Nações Unidas, 80% das pessoas deslocadas por desastres são mulheres, número esse que vem se agravando nos últimos tempos. Até 2050, no pior cenário, 158,3 milhões de mulheres e meninas a mais podem viver em extrema pobreza como consequência das mudanças no clima global.



Confira as reivindicações finais da RMF: 


  • Representação equitativa e qualificada nos fóruns de negociação e instâncias decisórias;

  • Recursos financeiros acessíveis a projetos liderados por mulheres e comunidades tradicionais;

  • Marcos regulatórios e planos nacionais que incorporem a perspectiva de gênero desde a concepção até a implementação;

  • Reconhecimento da contribuição feminina nos territórios, na produção sustentável e na proteção da biodiversidade;

  • Incentivo à presença de mulheres em carreiras técnicas e científicas;

  • Manutenção e ampliação das ações do setor florestal público e privado no avanço da equidade de gênero como parte de suas estratégias de transição climática.


Abaixo, tenha acesso ao documento na íntegra.


 
 
 

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