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Foto do escritorMaria Garcia

95% das mães no setor florestal relatam dificuldades após a licença-maternidade, aponta pesquisa

Rede Mulher Florestal vê resultados de relatório com um indício da necessidade de modelos de trabalho mais flexíveis




A maioria expressiva das mães profissionais no setor florestal que retornaram de licença maternidade sentiu ao menos alguma dificuldade ao lidar com as atividades profissionais. Essa é uma das impressões captadas pelo relatório “Mães Floresteiras no Mercado de Trabalho 2024”, lançado essa semana pela Rede Mulher Florestal (RMF) por meio do Grupo de Trabalho (GT) Maternidade e Mulher no Mercado de Trabalho. Os dados se referem ao ano base de 2023.


Das 114 mães que responderam à pesquisa, 95% relataram dificuldades psicossociais (72% entre as que apontaram dificuldades), dificuldades com as agendas das viagens de campo (64%) e falta de uma rede de apoio (64%). A gestão de tempo, no entanto, é a principal queixa das mulheres com filhos quando precisam conciliar a vida profissional com a pessoal. É por esse motivo que 59,6% das mães optariam por reduzir a jornada de trabalho após a licença-maternidade, mesmo que isso signifique a redução do salário - percentagem que se manteve desde o lançamento do último relatório em 2023.


Pelo menos 45,6% das mães não acreditaram que o período de licença-maternidade foi o suficiente para atender às suas necessidades - a maioria (34,5%) teve uma licença que durou quatro meses. 


Na visão da Rede Mulher Florestal, tais resultados demonstram “a necessidade de modelos de trabalho mais flexíveis” para mulheres vivendo a maternidade, sugerindo a implementação de políticas que contemplem horários flexíveis, trabalho remoto e programas de retorno gradual.


As dificuldades e vontades apontadas pelo relatório demonstram que há um espaço de diálogo para que as empresas compreendam com mais profundidade as demandas físicas e emocionais das mulheres. Segundo Raquel Leão, membro do GT Maternidade e Mulher no Mercado de Trabalho, a maternidade não pode se tornar um peso tanto na vida profissional de uma mulher quanto na de homens que são pais e estão cada vez mais incluídos no processo.  


“Assim como as mães, os pais certamente também são impactados com a chegada dos filhos. O trabalho de cuidar não deve pesar apenas à mãe e ao pai, mas à sociedade como um todo. Valorizar o trabalho do cuidado é investir em um mundo mais justo e inclusivo”, comentou Leão.


Confira todos os dados da pesquisa Mães Floresteiras no Mercado de Trabalho 2024.


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